Há 20 anos atrás, o CD lá por casa ainda era algo de novidade.
Cada disco custava pelo menos a módica quantia de 3.500$00 (17,50€) pelo que comprava um CD de tempos a tempos. Mas foi uma época bem produtiva a nível de música.
Se nos anos 80 já tinha descoberto o heavy metal e variantes, como o speed, trash, black, power, tendo coleccionado algumas cassetes de crómio com bandas como os Iron Maiden, Metallica, Megadeth, Saxon, WASP depois os alternativos Sonic Youth, Violent Femmes, Bahaus, Pixies, etc., os anos 90 trouxeram grandes novidades que me agradaram bem mais pelo tipo de sonoridades. Com o aparecimento (e rápido desaparecimento) do grunge, vieram os Soundgarden, Pearl Jam, Nirvana Alice in Chains e depois de outra áreas menos grunge como os Faith No More, Biohazard, Therapy?, etc. Alguns desapareceram, outros ainda aí andam a dar cartas, como Pearl Jam ou o Chris Cornell.
Na realidade, para mim, os anos 90 foram até agora a melhor década de música rock. Não discuto, se foi de um modo geral a melhor, mas para mim foi.
Os discos sucediam-se a um ritmo alucinante, ouvidos todos do início ao fim, para voltar a pôr de novo. Na altura, parecia que tinha encontrado o sentido da vida. Headphones, prancha, praia, andar a pé, comboio, autocarro, as músicas eram a companhia perfeita.
Depois disso, tirando algumas bandas, como os Slipknot, ou os Red Hot Chili Peppers que são transversais a toda estes 20 anos, nada mais parece surgir que realmente me faça sentir como na altura. Sobre se a música era melhor por causa do álcool ou dos fumos recreativos ou das camisas de flanela, não comento. Mas que as músicas tinham um peso grande na vida de um jovem estudante, isso tinha.
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